Portugal ainda “maltrata” idosos



Portugal ainda é um país que “maltrata” os idosos. É isso mesmo que aponta o último relatório das Nações Unidas, que aponta uma taxa de 39 por cento, em termos de violência psicológica, física e sexual perpetrada para com os mais idosos.

Os números foram, ontem, dados a conhecer aos alunos da Escola Secundária de Vila Verde, durante um seminário sobre ‘Envelhecimento Activo’, organizado pelos professores de Filosofia, Rosa Mota Alves e Júlio Dias e promovido no âmbito das comemorações dos 25 anos da instituição, com o objectivo de sensibilizar os jovens a seguir carreiras profissionais nesta área.

“Nós te os que contrariar e combater este tipo de tendências”, apontou Carlos Branco, director técnico da Resisénior - uma empresa de prestação de cuidados geriátricos da região e que ontem partilhou as suas experiências e motivações com os estudantes vilaverdenses, a par do médico Rui Antunes e da auxiliar de geriatria Joana Silva.

“Os idosos devem ser estimulados, devem ser preenchidos, com múltiplas actividades, atendendo às necessidades específicas de cada um”, apontou o responsável, assinalando que, actualmente, com o aumento da esperança de vida e com o envelhecimento populacional, o grande desafio é a operacionalização de um envelhecimento activo”, dando como exemplo a ResiSénior.

“Nós fazemos primeiro uma avaliação gerontológica integral e a partir daí é delineado um plano individualizado de cuidados, seja na perspectiva da institucionalização, seja a partir de cuidados ao domicílio”.

“Iniciativa visa orientar nossos alunos para mundo do trabalho na 3ª idade”

“Esta iniciativa visa, também, orientar os nossos alunos para o mundo do trabalho na terceira idade”, apontaram os professores Rosa Mota Alves e Júlio Dias, da organização do seminário. “É que muitas vezes, os alunos estão só a pensar em saídas profissionais relacionadas com
a infância, e nós pretendemos mostrar-lhes que na área da gerontologia pode haver muitas oportunidades”.

“É importante que os alunos tenham o maior número possível de ferramentas a nível de informação, estando actualizados para preparar a sua inserção no mundo activo”, referiu Rosa Mota Alves. Na opinião dos docentes, os jovens “ainda não estão tão sensibilizados quanto seria necessário para esta temática, pelo que este seminário serve, também, para abrir mentalidades”, comentou Júlio Dias.

23-05-2012 - Correio do Minho

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