Sensivelmente meia centena de alunos, ex-alunos, professores e ex-professores responderam positivamente ao desafio. Pelas nove horas a ESVV abriu as suas portas permitindo aos ex-alunos apreciar no átrio, fotos de livros de ponto desde a década de 90 onde alguns deles saudosamente se reviram, bem como aos colegas de então.
Dadas as boas vindas pela direção da escola, a organização explicou o percurso que iríamos realizar, uma pequena distância de sensivelmente 17 km e…pés ao caminho. Saída da escola em direção ao Monte de Stª Helena, sito na freguesia da Lage, onde uma bonita capela e uma excelente paisagem nos aguardavam.
Como já é hábito nestas organizações escolares, um colega elaborou um pequeno texto referente a cada um dos locais a visitar e assim ficamos a saber a história de Stª Helena, que nasceu na Bitínia, parte da atual Turquia asiática por volta do ano 249 e foi rainha e mãe do primeiro Imperador cristão, Constantino Magno.
É a padroeira dos pintores e dos fabricantes de agulhas (o que nós aprendemos…a caminhar). Pensamos que a próxima paragem seria a Torre de Penegate, mas felizmente, enganámo-nos. O caminho levou-nos junto à casa de uma colega de escola a qual gentilmente nos abriu as portas e nos banqueteou com uma mesa bem (com)posta.
Os habituais peregrinos da ESVV que demandam a Santiago anualmente, já pensam pintar algumas setas amarelas que nos levem a passar junto àquela casa em próximas peregrinações. Daí, com os estômagos devidamente recompostos, dirigimo-nos para a Torre (medieval ) de Penegate, mandada construir em 1322, por Mem Rodrigues de Vasconcelos, cavaleiro de D. Dinis e Meirinho Mor do soberano, na região de Entre-Homem-e-Cávado. Enquanto ouvíamos a história da Torre, transferíamos algum peso comestível das mochilas que levávamos às costas, para o estomago que levávamos…à frente…
Saímos da Torre em direção ao Monte Castelo, situado na freguesia de Barbudo, já com impermeáveis vestidos. Na ingreme subida para o Monte Castelo, o grupo estendeu-se de acordo com as capacidades de cada um, tendo no entanto todos atingido o cume. Aí, com uma paisagem lindíssima todos testaram os seus GPS mentais apontando em diferentes direções e indicando que locais seriam. Partindo do princípio que não estariam a gozar com a ignorância de outros, houve quem brilhasse nos conhecimentos geográficos, ex-alunos do professor Aquiles Loureiro, certamente.
Deu-se início à descida para Vila Verde tendo um idoso professor decidido “atalhar” caminho no que foi prontamente seguido por ex-alunos aventureiros. A “coisa” acabou por correr bem e ninguém caiu. Chegados a Vila Verde por volta da 14h30, deu-se por finda a atividade havendo quem questionasse de imediato, quando seria a próxima.
Tendo em conta o sucesso da edição e a resposta extremamente positiva dada por ex-alunos, ficou a promessa de ainda no corrente ano (civil) se realizar uma outra, permitindo que muitos dos que não puderam por motivos pessoais participar nesta “aventura”, o venham a fazer numa próxima, porque a ESVV quer continuar a fazer história com todos os que a ajudaram a crescer e a comemorar as bodas de prata, condignamente.
23-04-2012 - Correio do Minho
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