Aos 84 anos, Lídia Soares, habitante de Sabariz, ‘viajava’, contente, entre a mesa com as ferramentas de cozinha e o pote ao lume para confeccionar o seu caldo.
“Este caldo, assim, tem um sabor muito melhor”, garantiu à reportagem do ‘Correio do Minho’, enquanto dava mais uma volta com a colher de pau à sua iguaria.
“Eu antigamente, também, cozinhava sempre neste pote de terro. Tinha um que levava dois cântaros de água. E dava de comer a toda a família”, recordou a anciã, mostrando o seu co ntentamento pela recuperação da antiga tradição, em jeito recriativo.
Ao início da noite, já muitos se juntavam no recinto da festa, com a sua malga na mão, prontos e ávidos para degustar os diversos tipos de caldo. E houve, de facto, caldos para todos os gostos, desde o tradicional caldo de couves e feijões ao caldo de bacalhau.
O evento, dinamizado pela junta local e pela Associação Popular de Sabariz, com o apoio da Quinta da Praia Verde, serviu, também, para se “confraternizar e para se conviver, sobretudo nesta altura em que toda a gente fala de crise”, apontou Fernando Silva, presidente da junta de Sabariz.
O autarca local garantiu que o evento irá continuar a repetir-se daqui para a frente em novas edições e que, a Câmara Municipal de Vila Verde, já convidou a organização da ‘Festa do Caldo no Pote’ para participar na próxima Festa das Colheitas para dar a provar todos os seus caldos.
25-03-2012 - Correio do Minho
25-03-2012 - Correio do Minho
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