“Resposta social alargada”


Apesar de já estar em funcionamento há alguns meses, a Unidade Social da Santa Casa da Misericórdia de Prado, Vila Verde, foi formalmente inaugurada, ontem de manhã, pelo ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares - um dia que ficou marcado pelo anúncio de alterações nas regras aplicadas aos lares de idosos com vista a aumentar a sua capacidade.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, Bento Morais, sublinhou a importância do projecto social da instituição, que tem como objectivo mor dar resposta às necessidades das populações.


Esta nova unidade social criada em Prado, onde foram investidos, no total e depois das adaptações não previstas inicialmente, mais de dois milhões de euros, disponibiliza à comunidade uma creche (41 crianças), centro de dia (10 utentes), lar de idosos (50 utentes) e apoio domiciliário (10 utentes).

Segundo o provedor da instituição estão já projectados outros dois lares de idosos para Marrancos e Vilarinho, com terrenos cedidos pela Igreja. Bento Mo- rais aproveitou, ainda para deixar um alerta ao governo, advertindo para a questão dos “custos” elevados com a saúde que estão a recair sobre as populações, quer a nível de exames, quer a nível de taxas moderadoras.

Ministro garante “qualidade”

O ministro da Solidariedade e Segurança Social indicou que o novo protocolo que acaba de ser assinado com as instituições sociais passa, essencialmente, pelo alargamento da sua capacidade de resposta de 60 para 120 utentes, por exemplo, aumentando a rede social em 20 por cento e possibilitando a criação de 10 mil novas vagas (sete vagas por cada estrutura) - vagas estas que, muitas vezes, não eram abertas por uma questão de “centímetros quadrados”.

“A qualidade não está posta em causa”, garantiu Pedro Mota Soares, destacando “uma resposta social mais alargada” a par de “uma maior sustentabilidade das instituições sociais”.

“Esmolas não, trabalho sim”

Algumas dezenas de trabalhadores da da empresa de confecções ‘Fersoni’, recebeu, ontem, o ministro da Solidariedade em Prado, Vila Verde, para o alertar para as muitas empresas da região que estão a encerrar diariamente.


“Esmolas não, trabalho sim”, reclamavam os trabalhadores, em uníssono, empunhando faixas pretas, em sinal de luto e apitando com assobios para chamar a atenção do ministro e a sensibilidade do governo.

As portas da empresa fecharam e os trabalhadores têm três meses de salários em atraso e querem ver cumpridos os seus direitos. Os trabalhadores sentem-se “vítimas” da legislação do governo de Passos Coelho.

Mota Soares dirigiu-se aos manifestantes por solidariedade, mas os trabalhadores querem soluções a curto prazo.

11-03-2012 - Correio do Minho

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