Primeira chuva molhou feira de artigos usados

As primeiras gotas que ontem se fizeram sentir após um Verão alongado além do habitual, não impediram o início da feira de usados de Vila Verde mas terá comprometido o sucesso esperado em condições meteorológicas favoráveis.


Os expositores montaram as tendas, alguns já preparados com toldos impermeáveis que, quando a chuva caiu, usaram para proteger as mercadorias, mas não resistiram à precipitação que se intensificou pela tarde.
A meio da manhã, os produtos mais oferecidos a quem passava eram calças, camisolas e casacos, botas e sapatos, mas também se viam tapetes, electrodomésticos, quadros decorativos com símbolos do Benfica e do FC Porto, cd’s de música e filmes.

Para instituições sociais ou benefício particular

Gentil Oliveira, de Mire de Tibães — Braga, estava em Vila Verde a angariar receitas para o Centro Social e Paroquial de Mire de Tibães.
“Costumamos fazer a feira de Guimarães, todos os primeiros sábados de cada mês”, explica, realçando que em Vila Verde era a primeira vez, justamente porque era a primeira vez que a feira se realizava.

A feirante reconhece o “azar com o tempo, porque tem estado sol e agora apanhámos chuva”. Mas vai dizendo que no momento desta conversa, ia a manhã a meio, já tinha vendido casacos, meias e sapatos, estimando em cerca de trinta euros a receita auferida até àquela hora.
Fernanda Fonseca, de Braga, presente na feira de usados a título particular, conta-nos que se trata da primeira vez que vende coisas em segunda mão e que fez esta opção para escoar artigos que tem em casa e já não usa mas que podem ainda ser úteis a outras pessoas. “Era uma pena deitar fora estas coisas, ainda podem ser úteis a alguém”, salienta. A meio da manhã ainda não tinha feito uma só venda. “Mas ainda é cedo”, considerava, explicando que esperava ficar “enquanto o tempo nos deixar ficar”.

APPACDM angaria fundos para uma carrinha

Sílvia Lopes, de Vila Verde, estava na feira de usados para angariar receitas destinadas à delegação concelhia da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.
“Nós temos promovido muitas iniciativas. Estamos com um projecto de angariação de fundos para a compra de uma carrinha. Na Festa das Colheitas também estivemos com um stand e agora viemos à câmara, pedimos um lugar na feira mensal mas a doutora Júlia sugeriu que tentássemos esta feira de segunda mão”.

Mesmo admitindo que se estivesse sol haveria mais possibilidades de gente a comprar, realça que “nós já nos estreámos, já vendemos livros, dvd’s e roupas. Fizemos quinze euros, estamos a começar”.
Outra tenda angariava fundos destinados à compra de uma cadeira de rodas para o senhor Joaquim Falcão. De tarde, a chuva aumentou de intensidade.

24-10-2011 - Correio do Minho

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