Utentes da APPACDM e idosos divertiram-se na discoteca

A festa esteve ao rubro na discoteca ‘Cervannis’, em Cervães, Vila Verde, numa festa de Carnaval que juntou os utentes do complexo vilaverdense da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Braga (APPACDM). Ninguém faltou e todos se divertiram com as suas fantasias ao som do melhor samba brasileiro, onde não faltaram ‘comes e bebes’. Incansáveis estavam o António Martins, 25 anos, de Goães, e a Maria João Soares, 19 anos, de Prado - dois dos utentes do núcleo de Vila Verde da APPACDM - que durante toda a tarde não pararam de dançar animadamente junto dos seus colegas.
Danças com máscaras

“Eu adoro dançar”, avançou António Martins, de sorriso rasgado e rosto esborratado com as pinturas da sua fantasia de palhaço. “Para mim este é um dia de grande festa e muito divertido”. Ao lado, animada também, a colega Maria João, diz: “gosto muito de me mascarar. É divertido. Dançar aqui é espectacular”, afirmou, retomando o seu lugar na pista de dança da discoteca.

Quem não tem dúvidas quanto à importância deste tipo de eventos é a directora técnica daquela instituição, Paula Barros, que disse ao jornal ‘Correio do Minho’ que os seus 37 utentes “deliram” com estas festas.

“É uma grande mais-valia, quer para os nossos utentes, quer para os idosos institucionalizados ou não, porque ao participarem nestes eventos, que a comunidade em geral celebra, é também uma forma de os fazer sentir integrados na sociedade”, apontou a responsável. E para comprovar que não há idades para festejar o Carnaval, nem tão pouco para dar o seu ‘pézinho de dança’, estavam as animadas utentes seniores do Centro Social de Lage.
“Enquanto tiver saúde há que aproveitar”

Os 81 anos de Conceição Costa e Ermelinda Freitas e os 80 de Rosária Sousa não impediram uma tarde repleta de diversão, onde fizeram questão de mostrar o ar de sua graça exibindo as suas fantasias coloridas.

“A vida já foi muito dura para nós. Quando era jovem era impensável divertirmo-nos desta forma, por isso agora e enquanto tiver saúde que baste, há que aproveitar todos os momentos”, atirou Ermelinda, garantindo que é na velhice que atravessa que se sente “verdadeiramente feliz”. António Vilela, presidente da Câmara de Vila Verde, passou pela festa, onde explicou que estas iniciativas “são importantes para combater o isolamento e solidão das pessoas institucionalizadas e dos mais idosos”.

07-03-11 - Correio do Minho

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