Cabanelas realiza 6ª edição do “Agridoce”



A sexta edição da Feira AgriDoce, em Cabanelas (Vila Verde), que realizou-se de 7 a 9 de Setembro no Largo da Igreja, proporcionou “o momento de maior enchente popular de sempre na freguesia”, segundo o Pároco, Padre Paulo Sérgio. “Em toda a história de Cabanelas nunca se conseguiu juntar tanta gente”, afirmou Paulo Sérgio.


Graças ao esforço de mobilização do pároco local, padre Paulo, esta Feira de Agricultura e Doçaria foi concretizada pela ação de centena e meia de voluntários. “Dia e noite, durante mais de uma semana, muitas destas pessoas abdicaram das vidas pessoais para se entregarem à AgriDoce, com entusiasmo e alegria”, referiu grato o padre Paulo.

Entre os expositores de empresas de Cabanelas e do concelho que mostraram os seus produtos e serviços destacaram-se as tendas tradicionais dedicadas aos produtos regionais. Doces típicos, compotas, fumados, Vinho Doce, artesanato, legumes e fruta, todos produtos confecionados ou cultivados pelas gentes da freguesia. Assim como as comidas servidas nos espaços de restauração - a imensa tenda de comes e no parque de merendas.

Destacamos a zona de comércio dos animais, o capoeiro e o curral, com galos, galinhas, codornizes, perus, coelhos e patos, para além de ovelhas e cordeiros. Cerca de 40 animais, oferecidos por populares, para venda exclusiva no evento, e que, como nos adiantou o Pároco local, “costuma originar a receita mais saliente da AgriDoce”.

Na padaria fabricava-se ao vivo outros dos produtos em destaque na feira: a Broa de Cabanelas, o Bolo AgriDoce (com recheio de chouriça, sardinhas ou toucinho) e as Netinhas, versões ‘miúdas’ do Bolo. Para além desta exibição ao vivo, na noite de sábado deu-se a desfolhada do milho, em pleno recinto, um dos rituais mais emblemáticos e envolventes da Agridoce.

A noite de sábado voltou a encher o recinto, com as concertinas e com a atuação de Jorge Loureiro, enquanto que no domingo o evento começou com o cortejo etnográfico da terra, e culminou com a exibição dos ranchos folclóricos. Nota ainda para o desenrolar da Exposição de artigos artesanais em rolhas de cortiça, feitos por uma jovem de Cabanelas, patente no Salão Paroquial.No Domingo de manhã, celebrou-se a Eucaristia de Ação de Graças por todo o Povo de Cabanelas, pedindo a Deus colheitas abundantes. “Nesta Eucaristia, agradecemos a Deus o dom da fé, pedindo que a todos nós cumule de bençãos e nos dê força e coragem para continuarmos a labutar no grande campo, que é o nosso mundo, a nossa sociedade, de modo que continuemos a frutificar,” referiu o Pároco na Celebração, onde no Ofertório foram apresentadas alguns produtos da terra.

O Padre Paulo desabafou, satisfeito, que este é um evento sempre a crescer, é um momento de encontro, de partilha e de valorizar as nossas raízes, de homenagear os nossos antepassados e de fazer sentir que assentamos o nosso desenvolvimento, a nossa afirmação exterior e a nossa identidade no que de mais genuíno comporta o mundo rural.”

Rasgados elogios recolheu o pároco local, Paulo Sérgio, a quem foi atribuída a responsabilidade pela mobilização da população e a estreita cooperação desenvolvida com a Junta de Freguesia na organização da Agridoce.

O nome AgriDoce resume o espírito da Feira: Agricultura e Doçaria”.O pároco salienta o espírito de dádiva da AgriDoce: “A natureza do evento obriga à mobilização de bastantes voluntários para os serviços da restauração, gestão do espaço, das empresas… e também para a confeção e produção dos produtos comercializados. Os proveitos da feira são para obras aplicadas na comunidade, que este ano reverte a favor das Obras da Igreja Paroquial e da Capela de S. Gens. O que é de todos, para todos, concluiu o Pároco”.

11-09-2012 - Correio do Minho

Sem comentários:

Enviar um comentário