O rio Homem é a partir de ontem a marca de qualidade do mel que se produz no seu vale mas os produtores de vinho não querem ficar atrás e preparam-se para lançar uma marca com denominação de Identificação Geográfica — revelou ao 'Correio do Minho' o presidente da Associação de Freguesias do Vale do Homem.
O autarca de Coucieiro, José Pimentel, que preside a esta associação de autarquias com sede em S. Pedro de Valbom, falava ontem à margem da sessão de apresentação da sua primeira marca “Mel do Vale do Homem” com as variantes urze e eucalipto. Justificou esta aposta com a necessidade de dar visibilidade a “um rendimento complementar para muitas famílias e aos produtos locais”, de modo a “captar jovens para esta actividade”.
José Pimentel mostrou-se convencido que “a tradição, com unidade de todos, qualidade e higiene na produção concilia o nosso produto com a competitividade” e lançou um desafio aos produtores para que se unam em torno desta marca porque “isoladamente já vimos que nada conseguimos”.
Integrado na marca “Namorar Portugal” que a Câmara Municipal de Vila Verde, através da Proviver e com apoio da Caviver (Cooperativa Agrícola) e ATAHCA, está a promover, o “Mel Vale do Homem” tem agora um nome que permite o escoamento do produto dos apicultores do vale que vai desde Sabariz até Valdreu, passando por Ponte, Gomide, Oriz e Valbom, sem esquecer Sande, Paçô e Sande.
Manuel Barros agradeceu aos apicultores e autarcas do Vale do Homem esta ideia que nasceu na Rota das Colheitas de 23010 e reforça a marca Namorar Portugal.
Esta estratégia de valorização dos produtos passa pela Identificação Geográfica Protegida para a Ribeira de Neiva, Ribeira de Cabanelas e pela dinamização de feiras tradicionais como pontos de escoamento da produção agrária local. Manuel Barros admite que se trata de “uma caminhada conjunta, complexa e longa” que “exige empenho e vontade dos produtores para vencer”.
Hotel SPA em Valdreu
Por sua vez, o presidente do Município destacou o significado elevado desta apresentação, pois “enquadra a estratégia do Município de Vila Verde que visa criar condições para valo-rizar os produtos típicos e permitir que os seus produtores possam escoar esse mesmo produto; o que tem sido alcançado com algum sucesso nos últimos tempos».
António Vilela notou que o Vale do Homem, «é uma zona com um enquadramento natural fantástico, com uma encosta virada a sul e um potencial agrícola único, mas está a ficar despovoado». Na sua óptica, «vamos afirmar o Vale do Homem pelas suas paisagens. Temos projectos para valorizar as zonas ribeirinhas do Rio Homem (com espaços de lazer, zonas pedonais); queremos valorizar os seus produtos e ajudar a escoá-los; e vemos interesse em instalar unidades hoteleiras de topo (como um Hotel SPA que está em construção em Valdreu)».
Falando para os autarcas do Vale do Homem presentes concluiu que a “união de esforços é essencial. Este é o caminho».
24-02-11 - Correio do Minho
Sem comentários:
Enviar um comentário